Tiago Petreca
Lider, o quanto você está ajudando o seu liderado a ter uma vida integrada?
Talvez você se pergunte: Mas, porque preciso fazer isso? O Objetivo deste breve artigo é trazer parte desta resposta. Vamos lá!
Por Tiago Petreca
Você sabe, não é?
Certamente você já está ciente da importância do desenvolvimento humano para os resultados da sua equipe e da empresa como um todo. Mas, o que significa desenvolvimento humano? Embora tenhamos atribuído a este termo uma característica corporativa, relacionada ao desenvolvimento das competências, ele trata de outros aspectos mais amplos, inclusive biológicos e de maturação do ser humano. Contudo, para nossa reflexão aqui, vamos fechar nosso foco na intenção das empresas em tratar do tema.
Ao passo que a tecnologia avança e entramos em ambientes mais complexos, a necessidade de habilidades mais elaboradas se torna presente. Estou certo de que não se faz necessário explicar isso uma vez que certamente você já está vivendo isso na pele e por isso mesmo deve ter em seu radar a preponderante necessidade por desenvolver seus funcionários, pois caso contrário restará ao líder trocar sua equipe com muita frequência ou pressionar a que se tem de forma desumana, não é?
Afie seu instrumento
Para nos ajudar a ilustrar a forma de abordarmos este tema pego emprestado a fala de Stephen R. Covey em seu clássico livro “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes” (Você pode ler o resumo deste livro clicando aqui) em que diz: “Pessoas altamente eficazes separam o tempo necessário para afiar suas ferramentas, que são, de fato, suas mentes, corpos, almas e corações.” Este é, inclusive, o hábito de número 7: “Afie seu instrumento.”
Curiosamente, ao pesquisar na maior biblioteca de resumos de livros do mundo, a getabstract.com, descobri que o livro mais baixado, tanto no Brasil como no mundo é justamente o livro citado acima. Além de ser um clássico (embora maçante de se ler) ele trata, em seu titulo, daquilo que as empresas mais desejam: Pessoas eficazes, que em termos atuais recebe o nome de Performance. Contudo, por vezes, dá a impressão que as empresas focam seus esforços de “desenvolvimento humano” apenas no elemento mente, o que certamente é importante, mas ela não é uma entidade isolada.
O que seu intestino tem a dizer.Lembro-me de uma história que meu pai me contou quando eu era criança.
Foi assim: “O cérebro e o coração começaram a discutir quem era mais importante. O cérebro defendia suas atribuições elevadas: pensamento, coordenação em geral do organismo, ao passo que o coração defendia sua importância emocional e pela sua responsabilidade de fazer circular o sangue. - Nesse diálogo não havia neurocientistas então qualquer erro técnico fica subjugado a um diálogo meramente retórico. - No calor do debate grita a intestino pedindo que parassem com aquela discussão infeliz, mas percebeu que somente uma ameaça poderia dar conta do recado então disse: `Ou vocês param com isso agora ou eu travo tudo aqui embaixo!`”
Por isso uma visão integradora por parte da liderança é essencial, pois sem que o “veículo” do ser humano, seu corpo como um todo, seja corretamente nutrido, os esforços para desenvolver as pessoas, para desenvolver suas competências encontrará barreiras, em alguns casos, letais.
É sua responsabilidade também.Não basta instruir o funcionário, tem que se criar as condições, a estrutura para que aquilo que está no âmbito intelectivo alcance a prática. Isso significa que cabe ao líder interessar-se pela vida do seu liderado, no sentido de lhe promover as oportunidades de descanso, de boa alimentação, de conexões humanas sinceras e genuínas, de bom sono e exercícios físicos. Infelizmente não se trata de uma responsabilidade que cabe exclusivamente ao funcionário, pois sua vida está permeada pelo trabalho até mesmo quando não está trabalhando. Pense com a cabeça do seu funcionário, na hora de ele ou ela escolher dormir mais cedo chega uma demanda de última hora. Na hora de fazer um exercício fisico, surge uma reunião de última hora. Na hora de se alimentar bem, sobra tempo para comer um Junk food ou apenas engolir o que está no prato. Na hora de descansar, encontrar os amigos a preocupação com o emprego, com o projeto, com o dead line invadem sua mente e coração deixando no encontro com seus amigos apenas o corpo lá presente, pois sua atenção e interesse foram abduzidos pelas preocupações. O funcionário precisa saber que pode se cuidar e ele ou ela saberá disso quando você líder sair do discurso e for a campo, na prática mostrando em suas decisões que os aspectos humanos que lhe compõem estão sendo respeitados.
Por fim, volto à pergunta inicial: Lider, o quanto você está ajudando o seu liderado a ter uma vida integrada?
Desejo que você tenha uma vida que valha a pena viver e que ajude a promover a de seus liderados.
Tiago Petreca
Sócio Fundador da Kuratore
Country Manager getAbstract Brasil
Autor do Livro “Do Mindset ao Mindflow”
tiago.petreca@kuratore.com.br
Assista ao vídeo que complementa este artigo:
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